quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Deitados em sua cama, o tempo passa e eu nem percebo. A noite vem e preciso ir embora, mas eu só quero mais tempo com você, mais tempo pra te fazer entender que são mais do que palavras, mais que nossos joguinhos, é mais do que dois corpos que se atraem. Você já percebeu como tudo mudou de uns tempos pra cá? Que quando eu estou com você eu perco o chão, e mesmo assim, me sinto em paz, me sinto eu mesma, sinto como se contigo tudo fosse possível. Você não entende como cada eu te odeio que eu digo, é só por você me fazer te amar, mesmo eu não querendo? E então "eu te amo", inesperado, como deve ser, me deixou sem fôlego, como deve ser, e um "eu também", como deve ser. E agora? Isso muda tudo? Isso muda o fato de que vai acabar, e de que um dia, quando eu ouvir ou falar um "eu te amo" tão sincero quanto esse, eu lembrarei de você? Não, isso não muda nada, ainda vai acabar, mas eu ainda vou lembrar de você como um dos melhores, vou lembrar de todos os momentos que passamos juntos, de todas as brincadeiras e brigas. De todos os "eu te amo". E então é noite, e eu estou sozinha de novo.
Débora Taíne Bosse

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