quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Só nós dois...


    No escuro eu consigo ver o brilho do fogo do seu cigarro, que atrai os meus olhos como os de uma criança. Imagino a fumaça dançar em cima de sua cabeça e se espalhar pelo quarto de dimensões ora tão grandes, ora tão pequenas. Se eu estender as minhas mão será que conseguirei te alcançar? Por fim o meu medo se transforma em frustração quando vejo que o calor do seu corpo agora é tão frio. Talvez você finalmente entenda que ninguém jamais irá te amar como eu, seja esse sentimento tão incerto, tão cheio de imperfeições. E somos assim, sempre tão abarrotados de erros, falhas e pecados. Vamos seguindo nós completando, deixando as próprias marcas, um pouco de cada, um no outro, seja errado ou não. Quando o sol cansar de se esconder e brilhar invadindo a janela do quarto e a sua silueta não se perder mais no breu e na fumaça, poderemos ver que é apenas eu e você, nesse quarto, nesse mundo tão pequeno. São apenas dois corações imaturos que nunca deixaram de bater tão rápido.

Mari.



3 comentários:

Nathália Pires disse...

me emocionei *--*

Gabriela Vicente disse...

adorei o texto meninas, parabéns para quem escreveu ou da onde tirou, nao sei.
Muito Bom!

;D

Unknown disse...

Muito bom texto =D

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